domingo, 17 de julho de 2011

Receio.

Tentar e errar. Isso não é mais permitido hoje em dia. O perfeccionismo está acentuado e, de atitudes em atitudes, num plano geral, isso está bastante perceptível. Disso, nasce o receio. Medo de errar e não poder mais voltar atrás. Posso ser um pouco audaz e brincar com os requisitos e dizer que "o tentar" está em extinção.

Em tudo que se faz e pede atualmente a exigência é enorme. É necessário ter frieza para exercer fundamentos e perspicácia, pois os detalhes se tornaram armadilhas e, concomitantemente, chave para descobrir respostas.

Entretanto, o que mais instiga é a referida morte do não tentar, arriscar. Percebe-se cautela em demasiado e uma consequente perda de viver. Uma infelicidade. E nesse cenário tomado pelo medo, a naturalidade vem dando espaço à uma formalidade artificial, desnecessária.

Em frases clichês, podem-se fazer breves observações : "errar é humano", "ninguém é perfeito". E de fato, "humano" é ser racional e devido à parcela imensa de emoções que lhe foram concebidas a tendência ao erro é consequentemente maior ! Não dá para ter um total controle de si.

E é genérico, mas em diversas situações cotidianas comprovam que "o exposto acima" é um fato. Tornar-se flexível é necessário. Temer menos, arriscar mais e se conscientizar de que o tempo está aí passando...

terça-feira, 14 de junho de 2011

"Sentimentalismo x Racionalismo"

Ao refletir sobre uma forma de como organizar uns pensamentos, resolvi postar aqui, mesmo que seja lido. De certo modo, pode servir de ajuda, não sei. O que importa é que depois de diálogos e observações, resolvi - precipitadamente, ou até erroneamente - classificar o estado das pessoas. Bem, o paradoxo indagado no título vem me instigado bastante recentemente e não estou querendo criticar nada, como só o faço de costume.

Independentemente da situação, sem querer dar ênfase a nenhum caso específico, percebe-se que "humanos" são dominados por diversos tipos de emoções. No entanto, há casos e casos em que se vem à tona. Ou pode nem mesmo vir. Tá, ao me convencer disso, tentarei delinear :

Sentimentalismo - Ausência de razão. Presença constante de emoção, o que gera consequências imperceptíveis. Lembrando que não estou especificando caso algum, mas no âmbito afetivo, isso é bem mais notável. Talvez a idealização seja um "sintoma" dessa característica. Construir e cultivar sonhos, criar expectativas (principalmente). Atropelar princípios morais em busca desses sonhos. Não gostaria de dizer que os sentimentos torna o ser irracional, pois este vive em função do que é mais aguçado em si.

Racionalismo - O avesso do expressado acima, possívelmente. Usa mais da razão para se guiar em suas ações, a pessoa racional. Em determinadas ocasiões, costuma perder tempo pensando, o que poderia ser considerado uma "desvantagem". Por um outro lado, é calculista, possui maior visão por não estar completamente cego. Sabe bem dos seus objetivos, porém, reflete e repensa numerosas vezes antes de se chegar à uma conclusão.

É importante demais entender as pessoas que vivem ao nosso redor antes de sair julgando. Talvez, agrupá-las e classificá-las com diferentes atributos não seja o meio mais indicado, porém ajuda na compreensão de cada um. Somos todos uma caixinha de surpresa e ninguém é igual a ninguém. Mas quem sabe essas duas características não sejam um enfeito em comum que possuímos, né ?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cárcere I

Prisioneiros nascemos, prisioneiros desfalecemos e, enfim, vamos desaparecer. E é nessa pluralidade toda - no universo do desfalecer - que sentimentalizamos. No final das contas não se tem opção : resta-nos aguardar um futuro igual daquele, mais calejado. Ou esperar pelo diferente ? Sustentar-se de fantasias ? É melhor, mas estou farto. Atado estou...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Metamorfobia.

Sob a batuta da procrastinação, o conformismo só tem feito é crescer, perante uma sociedade que tem suas oportunidades cassadas cotidianamente pela tirania representada por uma minoria. Concomitante a esse fato, um grupo que constantemente vem lutando por igualdade conseguiu uma conquista recente nesse País : a união de casais homossexuais. Mais uma grande, significativa mudança para essa terra.

Mudanças. Mediante a mudanças, o mesmo público acomodado adora fazer a adorada crítica. É clichê : ninguém gosta de mudanças. Muda lá, muda acolá. Muda-se personalidade, modifica-se um modo de ser ou agir, fruto da própria luta da vida. A única a permanecer é a folgada da crítica. Duvidoso, não ? Pois é, mas é através dessa que se evolui.

Não há nada pior que crítica sedentária, aquela que não viveu, que não constrói. Sim, essa é a pior. Para criticar é necessário um conjunto de embasamentos éticos, sensatos e que podem ter a capacidade de convencer a qualquer um. Raras vezes desfruta-se disso.

Infelizmente o caminho menos doloroso é a escolha mais fácil, e por isso, tudo está sujeito a críticas. No "picadeiro" sob olhar de todos.

Egocêntricamente, chega-se a conclusão que aquela mudança não foi bom pra si, sendo que fulanos necessitam daquilo. Prematuramente, julga-se errado. Não há compreensão. Porém, ratifico : mudar é necessário. Apostar, viver. Talvez viver por outros, se preciso. Evoluir...

Por que mudança acontece sempre. É essência de um ser, mora na ambição. É constante. Ser dinâmico é necessário. Senão a vida come depois.

domingo, 6 de março de 2011

Espinhos.

Não vale ! Não vale apenas demonstrar que nada acontece e camuflar-se com essas pétalas,achando que pode enganar a quem lhe vislumbra. No fundo,no fundo há um incômodo. Um espinho ? Talvez. Cutuca,espeta,machuca,mas ainda preserva a beleza externa,baseada não só na beleza como no orgulho de uma rosa que não,não murcha.

Incompreensível,essa postura. Do que adianta ? A dor que lhe tortura é aliviada com 'toda essa pose de princesa' ? Engana-te,pois o paradoxo permitirá que murches de dentro para fora.

Ceda,viva,flexibilize-se. Não há cura,mas um dia,esses espinhos que lhe atormentam podem vir a quebrar. Com simples atitudes,apenas.

Portanto,apenas viva. Viva...